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terça-feira, 5 de setembro de 2017

O Método Fotográfico Kirlian

O acaso sempre desempenhou papel importante nas descobertas científicas. Tomemos, por exemplo, o caso do engenheiro russo Semyon Kirlian, que, em 1939, consertava um aparelho de eletroterapia. Quando sua mão se aproximou demais de um eletrodo carregado, o flash e o choque resultantes aguçaram-lhe a curiosidade: o que aconteceria se ele usasse a própria descarga elétrica como um tipo de apoio para as fotos feitas com flash?
Para surpresa de Kirlian, a primeira foto - de sua própria mão - revelou uma descarga semelhante a uma aura, que envolvia os dedos e a palma da mão. Foi o nascimento da fotografia de Kirlian, e seu descobridor dedicaria os próximos quarenta anos de sua vida aprofundando-se no desenvolvimento do método.
Em pouco tempo, Kirlian descobriu que, entre outras aplicações, seu método podia, aparentemente, determinar a saúde de um espécime em particular. Essa constatação aconteceu quando um colega tentou enganá-lo, dando a ele duas folhas supostamente idênticas para análise. Quando suas fotos mostraram "auras" dramaticamente diferentes, Kirlian chegou a pensar que o equipamento pudesse estar com defeito. O colega finalmente admitiu que a amostra com a aura mais fraca fora tirada de uma árvore doente, enquanto a outra folha viera de uma planta perfeitamente saudável.
Muitas teorias foram propostas para explicar o efeito Kirlian: campos eletromagnéticos que circundam o corpo, cargas elétricas eliminadas por camada de suor, e até mesmo a "força vital" etérea.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

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