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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Uma Bala Lenta e Certeira

Henry Ziegland, de Honey Grove, Texas, abusou sexualmente de sua namorada num dia de 1893. O irmão da moça cumpriu seu dever "de honra" e atirou contra ele. No entanto, Ziegland foi apenas levemente ferido pela bala, que lhe deixou uma pequena cicatriz no rosto, antes de se alojar no tronco da árvore diante da qual ele estava. O irmão da moça, dando-se por vingado, deu fim à própria vida com a mesma arma.
Vinte anos depois, em 1913, Ziegland decidiu remover tal árvore. Incapaz de fazê-lo manualmente, resolveu usar dinamite. Na explosão, a bala disparada contra Ziegland desprendeu-se com tanta força da árvore que lhe atingiu violentamente a cabeça, matando-o, afinal.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 29 de outubro de 2016

A Visitante Noturna

O dr. Michael Grosso estava dando um curso de parapsicologia no Jersey City State College, em 1976, quando conheceu Elizabeth Sebben, antropóloga que já tivera muitos encontros paranormais. Ficou feliz por descobrir alguém com quem podia conversar. Michael ficou particularmente interessado em suas experiências extracorporais. Sugeriu que ela tentasse visitá-lo, caso fizesse alguma viagem extracorporal. A visita aconteceu no outono de 1976.
Morando sozinho em um apartamento de seis cômodos, o dr. Michael passava quase todo o tempo tocando flauta. Os exercícios musicais eram normalmente colocados sobre uma estante de partituras, que sempre ficava próxima de um armário. Ele notou que havia alguma coisa peculiar certa manhã, quando, ao acordar, encontrou tal estante no meio do quarto, embora nunca a tivesse colocado ali.
Não voltou a pensar mais no incidente, até a tarde daquele mesmo dia, quando Elizabeth telefonou. Ela tentara entrar em contato com ele na noite anterior, enquanto estava passando por experiência extracorporal, e queria contar-lhe o que vira. Sem perda de tempo, Elizabeth narrou a seguinte história: Ela estivera estudando na noite anterior, quando começou a sentir que estava abandonando seu corpo. Aí, lembrou-se de que queria visitar Michael. Assim, concentrou o pensamento nele e, em pouco tempo, viu-se na cozinha do amigo. Viu-o sentado a uma mesa, estudando alguns documentos e tomando chá. Tentou atrair-lhe a atenção, porém não conseguiu. Então, começou a procurar a maneira de provar sua presença ali. Examinou a residência até encontrar a estante de partituras. Focalizou a atenção no objeto e então, inexplicavelmente, percebeu que sua força de vontade movera a estante para o meio do quarto. Segundos mais tarde, retornou para seu corpo. O dr. Michael não acredita que a experiência possa ser explicada como algum tipo de ilusão.
- Quando uma senhora visita um homem à noite, especialmente sob circunstâncias tão curiosas - diz ele -, seria o cúmulo da falta de cavalheirismo considerá-la como ilusão insignificante.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Uma Mensagem de Israel?

Uma misteriosa pedra gravada com letras de um alfabeto desconhecido foi escavada em Bat Creek, Tennessee, em fins do século passado. Um relatório e uma reprodução da inscrição foram enviados ao Smithsonian Institution em Washington, atribuindo sua origem à tribo cherokee. No entanto, após cinqüenta anos de mistério quanto ao significado, Joseph Maker, da Geórgia, observou:
- A pedra está de cabeça para baixo. Ponham-na na posição correta. É hebraico de Canaã.
Aí descobriram que a inscrição dizia "Ano um da idade de ouro dos judeus", solucionando assim um mistério, mas iniciando outro. Uma mensagem da antiga Israel? Em Bat Creek, Tennessee?

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O Verdadeiro Drácula

Drácula, de Bram Stoker, o mais famoso romance de terror de todos os tempos, foi baseado na carreira sanguinolenta de um personagem real - o príncipe da Valáquia Vlad IV, ou Vlad, o Empalador - que governou a Romênia do século 15 com mão de ferro e estacas bem afiadas.
Também conhecido como Drácula, ou "filho do demônio", Vlad foi um dos soberanos mais desumanos que o mundo conheceu. Na verdade, pesquisa realizada em 1981 coloca-o em pé de igualdade com Idi Amin Dada, Hitler e Calígula, em termos de total desrespeito pela vida humana e pelo sofrimento causado a seus semelhantes. Vlad IV ganhou a alcunha de o Empalador devido à preferência pelas estacas de madeira como ferramenta de tortura. Milhares de soldados e civis turcos, enfiados em estacas fincadas no chão, morreram sofrendo dores terríveis em suas mãos.
Vlad costumava jantar entre as vítimas, que se debatiam de dor, tomando-lhes o sangue ou banhando-se em seu fluido vital. A reputação terrível do príncipe era tão conhecida no país que, quando morreu, em 1477, correram boatos de que ele voltara do mundo dos mortos em busca de mais sangue. Essas histórias devem ter contribuído para a crença popular de que a única maneira de interromper os ataques mortais de um vampiro seria enfiar-lhe uma estaca de madeira através de seu corpo ainda vivo.
No entanto, existe um pequeno detalhe que muita gente ignora: o conde Drácula original de Bram Stoker só morreu depois de receber um golpe na cabeça e uma punhalada no peito, executados por um texano. E coincidência quase inacreditável aconteceu nos tempos modernos: um descendente direto do verdadeiro Drácula foi localizado na Romênia comunista, trabalhando em banco de sangue.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 23 de outubro de 2016

Dentro de um Furacão

A natureza apresenta inumeráveis espetáculos violentos, mas poucos podem se comparar com a destruição e a intensidade do furacão, em que os ventos centrífugos podem chegar a 320 km/h.
A despeito de uma superabundância de fotos, filmes e vídeos a respeito dos furacões, os relatos de testemunhas oculares que observaram o fenômeno de perto são escassos. Contudo, observação extremamente rara do interior de um furacão nos chega de uma tempestade que caiu sobre McKinney, Texas, ao norte de Dallas, no dia 3 de maio de 1943.
- A parte inferior da borda ficara a cerca de 6 metros acima do chão - declarou Roy Hall, cuja casa o tufão acabara de destruir. O interior do funil era oco; a borda em si parecia não ter mais de 3 metros de espessura e, possivelmente devido à luz dentro do funil, parecia ser perfeitamente opaca. Sua parte interna era tão lisa e perfeita que parecia o interior de um tubo vítreo. A borda externa girava diante dos olhos de Hall com incrível rapidez.
- Apoiei-me no meu cotovelo esquerdo, para me proteger melhor, e olhei para cima. É possível que naquele instante meus olhos tenham visto uma coisa que poucos viram antes e sobreviveram para contar. Eu estava olhando para cima, através do interior de um enorme funil de um furacão.
E continuou:
- Fui levado a mais de 300 metros, para cima, e ia sendo arrastado suave e lentamente em direção a sudeste. No fundo, o túnel devia ter cerca de 150 metros de diâmetro. Na parte de cima ele era maior, e parecia ser formado, pelo menos em parte, por uma nuvem brilhante, que emitia uma luz trêmula, como uma lâmpada fluorescente. Essa luz brilhante estava no meio do funil, sem tocar os lados.
Só temos conhecimento de um outro relato sobre o interior de um furacão, e ele nos vem de Wül Keller, fazendeiro de Greensburg, Kansas, que ficou horrorizado quando viu um dos terríveis ciclones aproximando-se de seu abrigo contra tempestades, onde ele se escondera no dia 22 de junho de 1928. O ar circundante, conforme Keller, estava tão imóvel quanto a morte. O interior de seu tufão era iluminado, com relâmpagos que passavam de um lado para outro. A partir da base do funil, furacões menores eram formados e se afastavam, como uma Moby Dick aérea dando à luz uma ninhada de pequenas baleias. No interior havia também uma nuvem solitária como a testemunhada por Hall.
Nenhum dos dois homens tinha coisa alguma a ganhar inventando mentiras. No entanto, suas histórias, caso sejam verdadeiras, deverão resultar em uma revisão do que conhecemos sobre furacões, particularmente porque a teoria científica atual não fala nada sobre uma estrutura interna tão complicada, especialmente com nuvens e relâmpagos.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

As Estranhas Luas de Marte

Foi somente em 1877, ao observar uma noite o céu com seus instrumentos, que o astrônomo americano Asaph Hall viu pela primeira vez duas luas circundando Marte; luas que nenhum outro astrônomo declarara ter visto até então.
Contudo, Jonathan Swift, autor da fantasia política As Viagens de Gulliver, escreveu sobre elas muito antes de Hall, chegando a dar-lhes, sem muito interesse, as proporções e órbitas. Mas isso foi em uma narrativa imaginária, escrita em 1726, cerca de 150 anos antes que Asaph Hall as tivesse descoberto "oficialmente".
Swift escreveu sobre "as duas pequenas estrelas ou satélites, que giram ao redor de Marte. A estrela que gira na órbita menor dista do centro do planeta primário exatamente três de seus diâmetros, e a que gira na órbita maior, cinco; aquela gira ao redor do planeta no espaço de dez horas, e esta em vinte e uma horas e meia".
Como é que Swift sabia? Teria ele lido a respeito do assunto em algum lugar, em alguma publicação desconhecida pela ciência e pela literatura? Ou, caso tenha imaginado a coisa toda, como é que o fez com tamanha precisão? Ele nunca disse.
  As luas são agora uma verdade aceita pela astronomia. Asaph Hall, em um elegante tributo à antigüidade, denominou-as de Fobos e Deimos, os antigos nomes dos cavalos de Marte. O planeta vermelho recebeu o nome de Marte, o deus da guerra, há milhares de anos.
  Todavia, um mistério ainda maior, sugerido pela forma e pelo excêntrico comportamento das luas, ainda não foi solucionado. Alguns observadores já chegaram a especular que elas podem ser estações espaciais controladas ou artificiais. Esta questão poderá ser esclarecida dentro dos próximos anos, caso a exploração espacial continue se desenvolvendo.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Uma Visão Compartilhada

Carl Jung, famoso psiquiatra suíço, também era conhecido por seu interesse pelo ocultismo. Todo assunto relacionado aos fenômenos paranormais aguçava-lhe o intelecto. Jung observou de perto o nascimento da parapsicologia, estudou astrologia e alquimia, e registrou meticulosamente suas próprias experiências paranormais. Muitas dessas experiências estão relatadas no livro autobiográfico Memories, Dreams, Reflections (Memórias, Sonhos, Reflexões).
A experiência mais estranha vivida por Jung ocorreu em 1913, quando visitava a tumba de Galla Placidia, em Ravena, com uma amiga. O psiquiatra ficou particularmente impressionado com um mosaico de Cristo estendendo a mão para Pedro, que afundava nas ondas. Jung e a amiga examinaram o mosaico por 20 minutos e trocaram idéias a respeito do rito original do batismo. Jung jamais esqueceu aquela obra de arte. Chegou até a querer comprar uma cópia ampliada do mosaico, porém não conseguiu encontrar nenhuma.
Quando retornou a casa em Zurique, Jung pediu a outro amigo, que pretendia viajar para Ravena, que obtivesse a reprodução do mosaico. O resultado foi surpreendente: o mosaico que Jung e a amiga haviam visto simplesmente não existia. Jung relatou o fato à amiga de viagem, que se recusou a acreditar que eles tivessem compartilhado algum tipo de alucinação ou visão. Mas a verdade não podia ser contestada. Jamais houve tal mosaico na parede do batistério.
"Pelo que sabemos", escreveu Jung, "é muito difícil determinar se, e até que ponto, duas pessoas podem ver, simultaneamente, a mesma coisa. Nesse caso, todavia, pude averiguar que, pelo menos, a característica principal do que nós dois vimos foi a mesma." Posteriormente, Jung caracterizou a experiência em Ravena declarando:
- Foi a mais curiosa de minha vida.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Os índios de Olhos Azuis que Falavam Galés

Pouco depois da independência dos EUA, quando as terras a oeste do Mississipi ainda eram reivindicadas pela Espanha e Inglaterra, um grupo de ingleses visitou o povoado de índios mandan, na região onde hoje está situado o Estado de Missouri. Quando o comandante do grupo falou com o ordenança em galés (os dois eram galeses), ambos ficaram atônitos ao notarem que um índio que estava perto deles tentou participar da conversa. Parecia que os dois caras-pálidas estavam falando o idioma do índio. Eles começaram a comparar palavras e descobriram que a língua mandan era 50 por cento composta de palavras galesas. (Inglês: bread, paddle, great, head etc. Mandan: bara, ree, ma, pan etc. Galés: barra, ree/rhwyf, mawr, pen etc.)
Além disso, de modo geral, os mandans não se pareciam com os índios de outras tribos. Tinham olhos azuis e a pele era ligeiramente mais clara do que a de outros selvagens. As mulheres mandans, consideradas "muito atraentes", eram especialmente disputadas pelos exploradores britânicos.
O oficial inglês lembrou-se, então, de que um tal príncipe Madoc, de Gales, rumou com seu séquito, no ano de 1170, para o oceano desconhecido, a fim de desbravá-lo. Ele e seus acompanhantes poderiam ter desembarcado no golfo do México, seguido rio acima pelo Mississipi e fixado residência ali?
Algum tempo depois, muitos dos mandans, inclusive os velhos "contadores de histórias" e "os que se lembravam de fatos do passado", viram-se dizimados por doenças trazidas pelos brancos. Os poucos que sobreviveram foram absorvidos por outras tribos. As chances de algum dia descobrirmos o motivo pelo qual tais índios falavam galés são mínimas, pois todos os mandans de sangue puro já desapareceram.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 15 de outubro de 2016

O Poder da Oração

Muita gente considera a ciência como inimiga da religião. Mas certos projetos de pesquisas experimentais, algumas vezes, trazem documentos preciosos sobre o poder da fé. Um desses projetos foi recentemente empreendido pelo dr. Randy Byrd, cardiologista e cristão devotado. O dr. Byrd estava tão intrigado com o possível poder da oração que decidiu realizar uma experiência para testá-lo.
Como na ocasião o cardiologista estava trabalhando no San Francisco General Hospital, certamente tinha um número mais que suficiente de pacientes à disposição. Ele começou programando um computador para a escolha de 192 pacientes com problemas cardíacos, enquanto outros 201 pacientes similares foram escolhidos para servir como grupo de controle. Byrd queria ver se aqueles pacientes para os quais seriam feitas orações podiam mostrar recuperação pós-operatória mais rápida do que o grupo de controle. Ele pessoalmente não fez as orações, porém solicitou a pessoas selecionadas e a grupos de religiosos em todo o país que participassem do estudo.
Os participantes vieram dos mais diferentes lugares e receberam os nomes dos pacientes, sem qualquer possibilidade de conhecê-los pessoalmente ou de manter qualquer tipo de contato com eles. Além disso, nenhum dos pacientes tomou conhecimento de que estava sendo objeto de estudo.
A experiência demorou um ano para ser completada e confirmou inteiramente a crença de que as orações realmente funcionam. O dr. Byrd relatou os surpreendentes resultados do trabalho, em 1985, na reunião anual da American Heart Association, realizada em Miami.
- Em um grau estatisticamente significativo - declarou ele perante o grupo -, os pacientes para os quais foram feitas orações exigiam tratamento pós-operatório à base de antibióticos menos intenso e apresentaram menos edemas pulmonares (a formação de água nos tecidos dos pulmões).
O cardiologista descobriu também ser menor o registro de mortes entre os pacientes para os quais foram feitas orações durante a pesquisa, muito embora esse número não fosse estatisticamente significativo.
A reação ao estudo por parte de outros médicos foi surpreendente. Muitos deles o adoraram. Provavelmente a reação mais inesperada foi a do dr. William Nolan, autor de The Making of a Surgem (A Criação de um Cirurgião) e declaradamente um crítico severo da medicina fora dos padrões ortodoxos - especialmente as curas religiosas. Até ele ficou impressionado com o estudo de Byrd.
- Que funciona, funciona - comentou ele, falando a respeito do poder da oração, quando instado a fazer declaração sobre o estudo do dr. Byrd para a revista Medical Tribune.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A Mulher de Azul

Os catálogos dos milagres católicos estão cheios de relatórios históricos documentados que são de especial interesse para os parapsicólogos. Todavia, no que se refere à quantidade pura e simples, poucas carreiras espirituais podem se comparar à da Mulher de Azul, soror Maria Coronel de Agreda. De acordo com seus próprios relatos, soror Maria apareceu em dois lugares ao mesmo tempo, em cerca de quinhentas ocasiões, entre os anos de 1620 e 1631.
Nascida na Espanha em 1602, descendente de uma família religiosa de classe média, soror Maria, ainda menina, teve intensas visões. Na adolescência, caía facilmente em transes extáticos. Quando jovem, entrou para o convento franciscano da Imaculada Conceição, em Agreda.
Ali, impôs-se um regime que incluía longos períodos de jejum, noites de insônia e autoflagelação. Entre os milagres atribuídos a ela durante esse tempo, estavam a fantástica habilidade de responder aos pensamentos não exteriorizados por palavras de outras pessoas e a capacidade de levitar seu corpo frágil acima do assoalho do convento.
Mas foi pela inacreditável facilidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo que soror Maria ficou conhecida. Suas projeções fantasmagóricas, segundo dizem, levavam-na sobre o oceano Atlântico e para o deserto da região oeste do Texas do século 17, onde ela cuidava das necessidades físicas e espirituais de uma tribo de peles-vermelhas que costumavam andar nus.
Entre todas as tribos nativas que habitavam o Sudoeste americano antes da chegada dos conquistadores, a mais desconhecida é a dos pobres Jumanos, que viviam ao longo do rio Grande, nas proximidades da atual cidade de Presídio, Texas.
Nos primórdios da migração espanhola para o México, os indígenas foram encontrados por Alonzo de Benavides, um frade franciscano. Para sua grande surpresa, encontrou os Jumanos já convertidos ao cristianismo. Mais ainda: afirmaram que haviam sido orientados para aquele encontro por uma misteriosa "mulher de azul", a mesma alma gentil que lhes dera rosários, cuidara de suas feridas e levara a eles as palavras de Jesus Cristo.
Quase tão perturbado quanto atônito, frei Benavides enviou cartas ao papa Urbano VIII e ao rei Filipe IV da Espanha, exigindo saber quem o havia precedido na catequese. A resposta ele a teve apenas em 1630, no retorno à Espanha, quando se inteirou dos milagres de soror Maria. Visitou então seu convento pessoalmente e tomou conhecimento de que o hábito da ordem era azul.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O Fantasma Vingativo

A estranha história começou no dia 21 de fevereiro de 1977, quando o corpo de Teresita Basa foi encontrado pela polícia. A mulher, de 48 anos, estava caída no chão de seu luxuoso apartamento de Chicago. Fora apunhalada até a morte, tendo o corpo parcialmente queimado.
Como muitos outros imigrantes cheios de esperança, Teresita Basa chegara aos EUA vindo das Filipinas, em busca de emprego e de uma vida melhor. Trabalhava como terapeuta especializada em doenças respiratórias no Edgewater Hospital, e a polícia não conseguiu encontrar pistas que levassem à solução do crime. A impressão inicial dos policiais foi de que talvez ela tivesse sido assassinada por um namorado. A verdadeira solução do caso, no entanto, viria do fantasma da própria Teresita.
O dr. José Chua e sua mulher também trabalhavam no Edgewater Hospital, embora não tivessem conhecido Teresita intimamente. Mas uma noite, quando já estavam em casa, em Skokie, pequena cidade nos arredores de Chicago, a sra. Chua inesperadamente entrou em um estranho tipo de transe. Ela levantou-se e caminhou em direção ao banheiro, onde se deitou. Em seguida, uma voz estranha, falando em dialeto filipino, saiu de sua boca: Meu nome é Teresita Basa.
Depois que aquela estranha voz acusou um assistente hospitalar de ser o assassino, a sra. Chua despertou do transe. Contudo, sofreu outros transes mediúnicos similares durante os dias seguintes, declarando, sempre com a voz da mulher assassinada, que o assistente, um jovem negro chamado Allen Showery, roubara-lhe as jóias e dera seu colar de pérolas à amante.
O dr. Chua, aterrorizado com as declarações da esposa, viu-se sem outra alternativa a não ser entrar em contato com a polícia local. Telefonou para Joseph Stachula e Lee Epplen, veteranos investigadores.
Os policiais, naturalmente, não acreditaram na história do dr. Chua, porém, na falta de outras pistas para solucionar o caso, decidiram agir. Interrogaram minuciosamente o dr. José Chua e sua mulher sobre as declarações da falecida Teresita Basa. Perguntaram especificamente ao casal se Teresita dissera que fora estuprada antes de ser assassinada. Na verdade, a falecida não fora estuprada, e os investigadores fizeram essa pergunta apenas para ver se o casal cairia na pista falsa. No entanto, os dois não morderam a isca. Os investigadores também ficaram impressionados com a quantidade de detalhes que o casal parecia saber sobre o assassinato.
- Até os dias de hoje - escreveu posteriormente o policial Stachula -, ainda não tenho certeza se acredito na maneira por que as informações foram obtidas. Não obstante, tudo correspondia à verdade.
Trabalhando a partir dessas pistas, a polícia de Evanston deu uma busca no apartamento de Allen Showery e descobriu as jóias de Teresita. Os policiais chegaram mesmo a encontrar o colar de pérolas com a amante do assassino. Ao ser confrontado com as provas, Showery confessou o assassinato e foi condenado pelo crime. O caso foi oficialmente encerrado em agosto, aparentemente solucionado pelo fantasma de Teresita.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 9 de outubro de 2016

A Premonição de Mark Twain

Mark Twain, cujo nome verdadeiro era Samuel Langhorne Clemens, ainda é o escritor mais amado dos EUA. Nascido na pequena cidade de Flórida, Missouri, e criado na cidade vizinha de Hannibal, ele conseguiu passar para o papel toda a coleção de documentos literários, históricos e etnográficos que se referem à esfera cultural americana em livros, como As Aventuras de Huckleberry Finn. Mas pouca gente sabe que, por trás do humor e do cinismo, Mark Twain era um sério estudioso dos fenômenos paranormais. Seu interesse pelo assunto surgiu de experiências pessoais, inclusive a de determinado dia, em 1858, quando previu a morte do irmão.
Nessa época, o escritor trabalhava como timoneiro em um paquete, que fazia o percurso entre Nova Orleans e St. Louis. Certa noite, enquanto passava alguns dias em terra firme, sonhou com o irmão Henry morto, deitado num caixão de metal e vestido com um dos ternos do próprio Twain. O caixão era sustentado por duas cadeiras, e havia um buquê de flores - com uma rosa vermelha no centro - sobre seu peito. O sonho parecia tão real que, quando acordou, Mark Twain não percebeu que estivera dormindo e pensou que voltara para casa.
O sonho teve trágico desenrolar, dois dias depois. Enquanto Twain continuava em Nova Orleans, o paquete continuou descendo o Mississipi. Seu irmão, que também trabalhava no barco, seguiu viagem rio abaixo, quando uma caldeira explodiu. Henry ficou seriamente ferido e foi levado para Memphis, onde morreu quando o médico, acidentalmente, aplicou-lhe uma dose excessiva de morfina.
Quando Henry estava pronto para ser enterrado, algumas senhoras bondosas levantaram dinheiro para a compra de um caixão de metal. Seu corpo foi vestido com um dos ternos de Mark Twain. Enquanto o escritor chorava a morte do irmão, uma senhora entrou na sala e colocou um buquê de rosas brancas - com uma rosa vermelha no centro - sobre o peito do falecido. Depois, o esquife foi enviado para St. Louis, onde foi colocado no pavimento superior do sobrado de seu cunhado. Quando Mark Twain foi visitar o corpo do irmão, viu que o caixão fora colocado sobre duas cadeiras, exatamente como sonhara.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Assombração

Os fantasmas não costumam assombrar apenas casas velhas, caindo aos pedaços. Até mesmo mansões milionárias de Hollywood algumas vezes vêem-se às voltas com eles. Essa triste situação era um aborrecimento constante para a atriz alemã Elke Sommer e seu marido, o escritor Joe Hyams, nos anos 60.
O casal chegou à conclusão de que a casa era mal-assombrada, logo depois de a terem adquirido em 1964. A primeira testemunha foi uma jornalista alemã, que estava tomando sol à beira da piscina, quando viu um estranho no jardim. O homem, aparentemente com mais de 50 anos, estava muito bem vestido, com camisa branca, gravata e terno preto. A jornalista falou a respeito da aparição com seus anfitriões, que ficaram surpresos com o incidente, pois não conheciam ninguém que correspondesse à descrição.
Duas semanas depois, o estranho apareceu uma segunda vez, quando a mãe de Elke Sommer acordou e o viu. A velha já estava se preparando para gritar, quando a figura simplesmente desapareceu.
As duas aparições representaram apenas o começo dos problemas do casal. A partir daquela ocasião, estranhos ruídos passaram a ser ouvidos na casa, altas horas da noite, com freqüência cada vez maior. Eles ouviam curiosos sussurros, e, algumas vezes, tinham até a impressão de que as cadeiras da sala de jantar estavam sendo arrastadas de um lado para outro.
A princípio, Hyams não pensou que o problema pudesse ser causado pelo sobrenatural. Assim, cortou árvores e arbustos para terminar com os ruídos. Contudo, tal providência de pouco valeu. Toda noite, antes de se recolher, ele trancava cuidadosamente portas e janelas, mas, pela manhã, encontrava uma janela, em particular, aberta. Amiúde, Hyams ouvia a porta da frente abrir e fechar durante a noite inteira, porém sempre a encontrava trancada pela manhã. Frustrado, o escritor instalou três pequenos radiotransmissores ao redor da propriedade, mas não conseguiu pegar nenhum gatuno responsável pelos distúrbios noturnos.
Finalmente, na primavera de 1965, Sommer e Hyams deixaram a casa aos cuidados de um caseiro amigo durante viagem à Europa. Por mais que o caseiro trancasse a porta da frente, antes de dormir, ela aparecia escancarada no dia seguinte. E, naquele mês de agosto, o fantasma fez mais uma visita. O caseiro viu um estranho espreitando-o da sala de jantar. O intruso tinha cerca de 1,80 metro, era musculoso e usava camisa e gravata. Assustado, o amigo do casal Hyams pensou tratar-se de um ladrão, até o homem desaparecer diante de seus olhos.
Sem encontrar explicação para o problema, Hyams finalmente entrou em contato com a Sociedade para Pesquisa Psíquica da Califórnia do Sul, entidade que se dedica a estudos mediúnicos, e o caso passou para a dra. Thelma Moss, psicóloga do Instituto de Neuropsiquiatria da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ela levou vários médiuns para a casa, inclusive alguns sensitivos locais bastante conhecidos, como Lotte van Strahl e Branda Crenshaw. Alguns dos médiuns sentiram imediatamente a presença do fantasma, e suas descrições combinadas corresponderam aos relatos das testemunhas oculares. Como os médiuns não tiveram acesso anterior a todas aquelas informações, a dra. Thelma achou essas correlações extremamente significativas. Os sensitivos descreveram o estranho como um cavalheiro de cinqüenta e poucos anos, que morrera de ataque cardíaco. De alguma forma, ele ficara ligado à casa, e não queria ir embora.
Enquanto as investigações ainda estavam em curso, Hyams fez algumas perguntas aos ex-proprietários. Chegou à conclusão de que eles, também, haviam sido permanentemente assombrados, porém o escritor californiano não se mostrou intimidado com a descoberta.
- Quem quer que seja o fantasma - declarou Hyams em matéria publicada no Saturday Evening Post -, não pretendemos sair assustados de nossa casa.
Mas, finalmente, eles acabaram abandonando a casa. Depois que a psicóloga completou sua investigação, Sommer e Hyams ainda convidaram mais uma médium para investigar a situação da casa. Jacqueline Eastlund visitou a residência em 1966, e então fez a seguinte advertência ao casal:
- Vejo a sala de jantar em chamas no ano que vem. Tenham cuidado.
Exausto, o casal afinal decidiu vender a casa em 1967, mas um misterioso incêndio irrompeu na sala de jantar, antes que eles tivessem mudado. A origem do fogo, assim como da própria assombração, jamais foi explicada.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Coração Batendo no Cérebro

Alguns estranhos rituais tiveram origem na época da contracultura, nos anos 60, mas poucos foram tão bizarros quanto a prática de fazer um buraco na cabeça de uma pessoa para aumentar seu estado de consciência.
Trepanação, ou o uso de um instrumento cirúrgico para perfurar os ossos do crânio, era uma prática comum entre algumas sociedades primitivas, por motivos não inteiramente esclarecidos. A base lógica dessa operação perigosa, porém não mortal, deve ter sido, provavelmente, de natureza médico-religiosa. Os atuais defensores da trepanação, de modo geral, adotam essa opinião.
O movimento moderno começou em 1962, quando um médico holandês, Bart Huges, declarou que o grau e o estado de consciência de uma pessoa dependiam, principalmente, do volume de sangue no cérebro. As coisas eram diferentes quando andávamos de quatro, segundo Huges, antes de evoluirmos para a posição ereta que nos separa da maioria dos outros seres da natureza. O problema é que o cérebro ficou fechado dentro de uma estrutura rígida, restrita. Pior ainda, a gravidade reduziu o fluxo de oxigênio e de nutrientes para o cérebro.
A solução de Huges para o dilema era fazer uma perfuração elétrica e remover um pequeno círculo ósseo do crânio. Como resultado da operação, na opinião dele, o fluxo sangüíneo aumentaria, e o cérebro, agora libertado, poderia palpitar no mesmo ritmo do coração. Huges achava que a consciência da pessoa voltaria ao estado infantil, em que a mente desimpedida permanecia em contato com seus sonhos primitivos, sua imaginação e com intensas sensações. Os adultos acabaram perdendo essa habilidade com a lenta solidificação sofrida pelo crânio.
A trepanação como uma solução para as condições humanas não foi aprovada pelas autoridades holandesas, que prontamente condenaram Huges a um hospício para observação. Todavia, suas idéias foram mais bem aceitas pelos hippies, para os quais qualquer tipo de "consciência" nova parecia compensar os riscos.
O buraco no crânio preconizado por Huges, diretamente no cérebro, prometia um estímulo mental permanente. O grande problema, naturalmente, era encontrar alguém para realizar a operação, pois não existe por aí quantidade muito grande de antigos curandeiros com o poder de oferecer vítimas às divindades. A solução era o sonho de toda pessoa hábil: "faça você mesmo".
O mais notável dos discípulos de Huges era Joseph Mellen, contador londrino formado em Oxford. Os dois conheceram-se em Ibiza, em 1965. O holandês conseguiu convencê-lo das vantagens da trepanação. (Toda a filosofia de Huges na ocasião podia ser resumida nas seguintes palavras: "volume sangüíneo cerebral".)
A autotrepanação de Mellen, após três tentativas malsucedidas, foi tão "perfeita" que, posteriormente, ele escreveu um livro sobre sua experiência denominado Bore Hole (Buraco Perfurado), cuja primeira frase já resume todo o teor da obra: "Esta é a história de como consegui fazer um buraco em meu cérebro para ficar permanentemente alto".
Mellen relatou a nova sensação de bem-estar como resultado da trepanação, que, de acordo com ele, continua até hoje. Sua namorada, Amanda Fielding, posteriormente também foi submetida à mesma operação, só que, em vez de escrever um livro a respeito, ela resolveu filmá-Ia, dando a seu curta-metragem o título de Heartbeat in the Brain (Coração Batendo no Cérebro). Juntos, os dois modernos defensores da trepanação dirigem uma galeria de arte em Londres.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A Vida em Perigo

Às vezes os seres humanos conseguem sobreviver a quase toda catástrofe imaginável, desde a queda de um avião sem pára-quedas até a empalação com uma grande variedade de instrumentos pontiagudos. Nesta última categoria, temos o caso do motociclista inglês Richard Topps, 21 anos, de Derbyshire, que sobreviveu a uma indesejada trombada com uma cerca.
Em agosto de 1985, a moto de Topps colidiu com um carro, ferindo seriamente seu passageiro. O próprio Richard foi lançado por cima do guidão, caindo sobre uma cerca, onde acabou espetado diagonalmente do tórax aos quadris em uma estaca de madeira de 1 metro de comprimento.
Por causa da confusão, Richard foi deixado ali espetado por mais de uma hora, completamente consciente, mas incapaz de livrar-se daquela incômoda e dolorosa posição, até ser encontrado por seu irmão. Tirar a estaca que perfurava seu tronco foi uma operação de duas horas, durante as quais os médicos descobriram que todos os seus órgãos vitais internos haviam escapado de maiores danos. Topps rapidamente recuperou-se da cirurgia e seguiu sua vida.
Kimberly Lotti, de Quincy, Massachusetts, garota de 18 anos, também sofreu um acidente semelhante em dezembro de 1983, quando dirigia sua caminhonete do trabalho para casa, e também sobreviveu para falar sobre o caso. Sua caminhonete perdeu a direção e foi de encontro a uma cerca de alumínio. Uma das estacas de 5 centímetros de diâmetro soltou-se e entrou pelo pára-brisa de seu veículo, atravessando a parte superior esquerda de seu peito.
- Foi uma coisa estranha - narrou Kimberly, posteriormente. - Não senti nenhuma dor. Pensei que a estaca só estivesse pressionando meu braço. Acho que eu estava em estado de choque.
Os membros de uma equipe de salvamento cortaram a peça a 12 centímetros da frente e das costas de seu corpo e transportaram-na para o hospital, onde o resto da estaca de alumínio foi removido com a maior segurança.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 1 de outubro de 2016

Voltei para Buscar Meu Cachorro

Joe Benson, de Wendover, Utah, era um líder espiritual dos índios Goshute. Seu companheiro constante era um magnífico cão pastor alemão, que ele chamava de Sky.
À medida que Benson envelhecia e sua visão ia ficando mais fraca, Sky orientava seus passos e o mantinha livre de perigos. A saúde de Benson continuou a definhar, até que um dia, em fins de 1962, o líder indígena disse a sua mulher Mable que estava prestes a morrer. Ela avisou os parentes e, pouco depois, eles e os filhos estavam junto à cama de Benson. Mas, como aquelas pessoas já não seguiam mais as tradições indígenas, insistiram para que ele fosse levado ao hospital da cidade de Owyhee, Nevada, nas proximidades. Ignorando os protestos do doente e os latidos roucos de Sky, eles levaram-no dali.
Benson ficou no hospital por pouco tempo. Quando os médicos viram que não havia nada a ser feito, mandaram-no de volta para casa, onde, pouco depois, em janeiro de 1963, ele morreu.
Após as cerimônias fúnebres, vários parentes que participavam do velório perguntaram se podiam ficar com o cachorro. A sra. Benson, que percebeu em Sky um sofrimento ainda maior do que o seu, achou isso errado e decidiu ficar com o animal.
Dez dias mais tarde, a sra. Benson olhou pela janela e viu alguém que se aproximava da casa. Ela acendeu o fogão e preparou um pouco de café fresco. Quando levantou os olhos, viu junto à porta alguém que ela reconheceu de imediato: seu falecido marido.
Coerente com as antigas tradições dos índios Goshute, ela disse, com toda calma, que ele estava morto e que não tinha mais nada que fazer neste mundo. Joe Benson assentiu e declarou:
- Já vou embora. Voltei por causa de meu cachorro.
Ele assoviou e Sky, balançando vigorosamente a cauda, entrou correndo na cozinha.
- Quero a correia dele - exclamou Benson.
Sua mulher tirou-a de um gancho na parede e entregou-a ao falecido, tomando o cuidado de não tocá-lo. Benson colocou a correia na coleira de Sky e saiu pela porta, descendo os degraus e seguindo pela trilha que serpenteava a colina.
Depois de hesitar por alguns momentos, a sra. Benson saiu correndo de casa em direção ao outro lado do morro. Não conseguiu ver Joe nem o cachorro em lugar algum.
Acontece que Arvilla Benson Urban, filha de Joe e Mable, que morava na casa ao lado, testemunhou essa estranha visita e chegou a prestar um depoimento juramentado. Ela confessou:
- Vi meu pai entrar na casa e, alguns minutos depois, sair com o cachorro preso na correia. Minha mãe saiu atrás dele e eu, depois que pude voltar a pensar coerentemente, fui atrás dela. Quando cheguei ao alto da colina, meu pai e o cachorro tinham desaparecido.
Durante os dias que se seguiram, os jovens da família procuraram o cachorro sem encontrá-lo. Parecia que Sky desaparecera, com seu amado dono, em um outro mundo.


Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos