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domingo, 28 de agosto de 2016

O Sonho do Filho de Dante Alighieri

O poema A Divina Comédia, de Dante Alighieri, é considerado uma das obras-primas da literatura universal. No entanto, se não fosse o sonho de Jacopo, filho do poeta já então falecido, o original da obra poderia ter desaparecido para sempre.
Quando Dante morreu, em 1321, Jacopo e seu irmão, Pietro, ficaram desesperados, não apenas pela perda do pai, mas também por causa do original de A Divina Comédia que ele deixara completo, porém não se sabia onde. Os dois viraram a casa de cabeça para baixo, procurando entre os papéis, e os textos que completavam o poema do velho Dante não foram encontrados.
Profundamente transtornado, Jacopo teve um sonho. Seu pai entrou em seu quarto, vestido com roupas impecavelmente brancas. Quando o filho perguntou se ele terminara a obra-prima, Dante balançou afirmativamente a cabeça e indicou onde as partes faltantes podiam ser encontradas.
Com um advogado amigo do pai por testemunha, Jacopo entrou no quarto de Dante. Atrás de pequeno biombo junto à parede, eles encontraram uma pequena janela. No cubículo para o qual ela se abria, ambos localizaram as páginas finais do poema, já cobertas de mofo. Assim, A Divina Comédia ficou completa, graças ao sonho de um filho cheio de fé.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 21 de agosto de 2016

Um OVNI na Nova Zelândia

Filmes e fotos de OVNIs são relativamente comuns. Mas fotos e filmes que apresentem nitidez e credibilidade suficientes para estudos mais aprofundados são muito raros. Algumas das fotos de OVNIs mais nítidas e mais analisadas de todas as já batidas foram tiradas pela equipe de uma rede australiana de televisão, na noite de 30 de dezembro de 1978, perto de Kaikoura, Nova Zelândia.
Muitas pessoas tinham visto objetos voadores não identificados durante as semanas anteriores, principalmente na região de Cook Straight, que divide a ilha Meridional da ilha Setentrional da Nova Zelândia. Pensando em furo de reportagem, o repórter Quentin Fogarty e o cinegrafista David Crockett voaram até Wellington. Dali, eles fretaram o avião de carga Argosy, pilotado pelo comandante Bül Startup, e rumaram para Christchurch, ao sul da maior das duas ilhas da Nova Zelândia. O comandante estava acompanhado pelo co-piloto Bob Guard e pela engenheira de som Ngaire Crockett, mulher de David.
Fogarty e Crockett filmavam algumas cenas que serviriam de introdução para a matéria, pouco antes do pouso, quando o avião ficou iluminado. Startup e Guard viram diversos OVNIs e entraram em contato com o centro de controle de vôo em Wellington. A torre de comando da capital da Nova Zelândia, por sua vez, confirmou a presença de objetos voadores não identificados na tela do radar. Quando Fogarty chegou à cabine de comando, cinco luzes coruscantes ainda eram visíveis, com dimensões que variavam desde uma cabeça de alfinete até um grande balão cheio de luz. Nesse momento, a torre de comando de Wellington informou:
- Vocês têm vários objetos voadores não identificados em formação em seu encalço.
Startup fez manobra de 360 graus no Argosy, porém eles não viram nada de imediato. Com os faróis do avião desligados, todos puderam ver uma luz muito brilhante que pairava no céu escuro. Crockett trocou de lugar com Guard, sua câmara funcionando o tempo todo. No vôo de volta de Christchurch, mais OVNIs foram vistos.
O videoteipe Luzes de Kaikoura é, talvez, a prova da existência do OVNI mais analisado de toda a história. Mesmo assim, os resultados ainda são inconclusos. Várias fontes de luz em potencial, como os planetas Vênus e Júpiter ou os barcos pesqueiros profusamente iluminados na superfície do oceano, não devem ser confundidas com tais objetos. Mas o que a fita de vídeo de fato apresenta provavelmente jamais venha a ser descoberto, exceto que ela mostra com nitidez um objeto voador não identificado.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 14 de agosto de 2016

O Abominável Pé Grande

Grover Krantz declara que o campo que escolheu para pesquisar arruinou sua carreira acadêmica e só serviu para ridicularizá-lo perante os colegas. Krantz, antropólogo da Washington State University, especializou-se no estudo do primata mais indefinível do mundo, o chamado Pé Grande, ou Sasquatch, que, segundo consta, habita as densas florestas da região noroeste do Pacífico.
Histórias de animais gigantescos e peludos, semelhantes aos macacos das montanhas Azuis de Washington e do Oregon, datam do século 19. Antropólogos ortodoxos tendem a rejeitar tais histórias, classificando-as de fantasias folclóricas. Não obstante, Krantz acredita que o Sasquatch pode ser nosso parente mais próximo ainda vivo. Os seres humanos, na verdade, podem ser descendentes diretos do tímido Pé Grande, cujos restos mortais jamais foram encontrados.
O nome do controvertido primata tem origem nas gigantescas pegadas que deixa para trás e que, em alguns casos, chegam a quase 60 centímetros, separadas por intervalos de quase 2 metros. De acordo com testemunhas oculares, o Pé Grande tem cerca de 2,50 metros de altura e pode pesar uns 400 quilos. O corpo é completamente coberto de pêlos marrons, com exceção do rosto chato, das palmas das mãos e das solas dos pés. O rosto é caracterizado pela testa recuada e pela fronte proeminente. As proporções do Sasquatch são mais ou menos semelhantes às do ser humano, exceto pelos braços exageradamente compridos. Para se alimentar, ele parece preferir raízes, frutos e a carne de um roedor qualquer.
O interesse com relação ao Pé Grande foi revivido na primavera de 1987, com a descoberta de quatro novas pegadas e com a publicação da análise de outro grupo de pegadas feita pelos guardas-florestais do U. S. Forest Service, em 1982. O último grupo de pegadas media 50 centímetros.
- Além disso - narrou Krantz -, elas demonstravam evidência de epiderme e rugas nas solas dos pés, juntamente com poros sudoríparos e padrões de desgaste, detalhes anatômicos quase impossíveis de imitar, até mesmo pelos embusteiros mais hábeis.
Estudando as impressões ósseas nos moldes de gesso, Krantz também notou que o calcanhar parecia ter se deslocado mais para a frente do pé do que em qualquer outro primata conhecido, inclusive homens e gorilas.
- Tal mudança evolucionária - continuou o cientista - teria sido necessária para suportar o imenso peso da criatura, outro detalhe que pegadas falsas provavelmente não mostrariam.
O próprio Krantz já deixou de correr riscos com as provas ou com sua reputação. Ele prometeu atirar para matar assim que vir o Pé Grande, acreditando que o valor científico a ser ganho superaria quaisquer reclamações ocasionadas pelo ato.
- A única maneira de convencer alguém é com um espécime verdadeiro - declarou Krantz.
Na impossibilidade de matar um Sasquatch, ele espera usar um helicóptero e um detector infravermelho para tentar localizar os restos de um deles em decomposição.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 7 de agosto de 2016

O Incrível Pikki

Vladimir Durov, artista de circo especializado em domar animais, era capaz de fazer com que seus bichos realizassem qualquer coisa que desejasse. Dizia que seu sucesso se devia, em parte, à habilidade de estabelecer contatos mediúnicos com eles. Essa declaração acabou chegando aos ouvidos do professor W. Bechterev, chefe do Instituto para Pesquisas do Cérebro, em São Petersburgo.
Intrigado, Bechterev testou as afirmações de Durov com a ajuda de um cãozinho fox-terrier, chamado Pikki. O procedimento consistia em Bechterev escolher uma série de ordens, transmiti-las a Durov, que tomaria a cabeça do pequeno Pikki nas mãos, olharia bem dentro de seus olhos e passaria as instruções para o cérebro do animal.
Na primeira tentativa, Bechterev sugeriu que Durov fizesse o cachorrinho pular em uma cadeira, saltar para a mesa ao lado e, em seguida, raspar as patas no quadro posicionado em cima dela. Durov transmitiu as instruções para o cérebro de Pikki, procedimento que levou vários minutos, e o cachorrinho começou a caminhar.
- Após alguns segundos, Pikki pulou da cadeira, correu rapidamente para a outra junto à parede e pulou sobre a pequena mesa redonda - relatou Bechterev. - Ficando em pé nas patas traseiras, ele aproximou-se do quadro e arranhou-o um pouco com as patas dianteiras.
Por intermédio das instruções de Durov, Bechterev descobriu que até ele era capaz de se comunicar com Pikki.
No entanto, o famoso cientista não pôde descartar a possibilidade de que ambos estivessem, mesmo involuntariamente, sugestionando o cachorro por movimentos oculares. Assim, Bechterev enviou, posteriormente, dois colegas para que trabalhassem com Durov e Pikki em Moscou. Durov explicou seu procedimento para a transmissão de ordens ao animal, e os cientistas realizaram seus experimentos, usando vendas nos olhos ou máscaras de metal no rosto. A despeito do uso desses controles, Pikki sempre respondia aos comandos mentais.
Mas ficou pairando o seguinte enigma: Durov podia realmente se comunicar com o cachorrinho, transmitindo instruções mentais ao cérebro do animal, ou será que Pikki era de fato um cãozinho mediúnico?

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos