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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Casal naufraga a tentar encontrar “o local onde a Terra acaba”

Foi há já 500 anos que a primeira viagem de circum-navegação da história demonstrou que a Terra é redonda. Mas ainda há quem conteste a teoria e acredite que tem o formato de um disco

Estamos ainda em plena pandemia, mas nem isso desmobilizou o casal italiano de terra-planistas empenhado em comprovar que o planeta é plano. Na sua cabeça, a forma de o fazerem era simples: bastava encontrar o local onde a Terra acaba. Mas o fim da aventura acabou a ser narrado à imprensa por Salvatore Zichini, um médico do gabinete de saúde marítima do Ministério da Saúde Italiano, que explicou tudo ao jornal italiano La Stampa. 

Habituado a lidar com naufrágios de migrantes, Salvatore deu de caras com um casal perdido no Mar Mediterrâneo. À partida, era um encontro muito improvável, sobretudo porque Itália ainda tinha em vigor um confinamento apertado devido à covid-19. Regras que o casal quebrou, quando decidiu sair da cidade de Veneto. 

De acordo com o seu relato, venderam inclusivamente o carro para comprar um pequeno barco em Termini Imerse, perto de Palermo. Estavam decididos a ir até à Ilha de Lampedusa, a mais a sul do País, mais perto do norte de África do que da Europa. Acreditavam que ali era o famoso fim do mundo, “o local onde a Terra acaba”.  

Ironicamente, contou o médico, o casal decidiu orientar-se com uma bússola – um instrumento que funciona com base nos magnetismos da Terra, ou seja, pressupõe a existência de uma terra redonda. Acabaram perdidos e a guarda costeia italiana encontrou-os exaustos e com sede.  

Escoltados até à cidade de Palermo, o casal viu-se depois forçado a ficar várias semanas em quarentena – com algumas tentativas de fuga, pelo meio. Quando as restrições foram levantadas, conseguiram voltar à região de Veneto. Por hora, as pretensões de provar que a Terra tem a forma de um disco foram adiadas. Será que repetem?  

https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2020-09-08-casal-de-terraplanistas-naufraga-a-tentar-encontrar-o-local-onde-a-terra-acaba/

Aeronave “misteriosa” enviada pela China ao Espaço já regressou

A Chongfu Shiyong Shiyan Hangtian Qi (CSSHQ) tinha sido lançada a 4 de setembro “à boleia” de um foguetão Long March-2F, a partir do Jiuquan Satellite Launch Centre, no noroeste da China.

Sem revelar pormenores do “percurso”, a publicação estatal China Science refere, num post no seu perfil do Twitter, que a aeronave fez uma órbita de dois dias e retornou a Jiuquan este domingo, tal como havia sido planeado inicialmente.

É a mesma publicação que acrescenta que a missão é “avanço importante para o país na investigação de aeronaves reutilizáveis”, com o objetivo de vir a contribuir para a realização de futuras viagens espaciais a um menor custo.

Embora sem grande informação adicional - nomeadamente imagens -, estando confirmado o sucesso da missão, a China passa a fazer parte da ainda reduzida “elite" que está a apostar nos equipamentos espaciais reutilizáveis, como a SpaceX e a Blue Origin, nos Estados Unidos.

Na Europa também está tudo encaminhado para haver "concorrência", mas a outro nível: a ESA anunciou em janeiro estar a desenvolver o Prometheus, um "motor ultra low-cost" que será flexível o suficiente para ser compatível com vários foguetões, tendo potencial para ser reutilizável.

https://tek.sapo.pt/noticias/ciencia/artigos/aeronave-misteriosa-enviada-pela-china-ao-espaco-ja-regressou