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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Marcas gigantes no solo intrigam em Cabeço de Vide




O mistério foi dado a conhecer, esta sexta-feira, através de um movimento no Facebook: em Cabeço de Vide (Portalegre) surgiram umas marcas gigantes no solo que estão a intrigar muitos. 
Há quem insista que se trata de manipulação, "mau photoshop" e até quem refira que tudo foi feito com um tractor. Apesar disso, foram divulgados vídeos, com vista aérea, que espantam pela dimensão das referidas marcas.
Com mais de três mil admiradores, o grupo, numa alusão ao dia 21 de Dezembro, pergunta: “Mas o que é que se passa em Cabeço de Vide? É o fim do mundo, no local onde a NASA diz que começou a vida?”

sábado, 5 de agosto de 2017

Muitas histórias de arrepiar


Para travar o medo, "que dizem ser um dos maiores inimigos do homem", o melhor é conhecer de perto os locais misteriosos, que encerram lendas, encantamentos e maldições. É essa a viagem proposta por Vanessa Fidalgo, a autora do livro ‘101 Lugares para Ter Medo em Portugal’ (edição Esfera dos Livros). Depois de ‘Histórias de um Portugal Assombrado’, lançado no ano passado, a jornalista do Correio da Manhã volta a percorrer o País para revelar as zonas mais profundas do imaginário nacional.

"Parte da pesquisa para este livro foi feita enquanto trabalhava no primeiro e encontrei bastantes histórias de medo", explica Vanessa Fidalgo. No seu périplo pela tradição oral e escrita dos fenómenos que mais assustam os portugueses, a jornalista apercebeu-se de que "o medo, por ser das emoções mais universais e ambíguas, molda o comportamento humano, limita, condiciona e leva, inclusivamente, as pessoas a duvidarem das suas certezas e convicções". No entanto, "também pode ter um aspeto pedagógico, como se pode ler neste livro, por exemplo na história da Maria Gancha: a criatura que habita o fundo de um poço e puxa as crianças mais não é do que uma maneira de evitar que estas se aproximem do perigo".

Num país desenhado em escarpas, montanhas, terras quentes e frias, o próprio espaço geográfico é terreno fértil para a imaginação. "O poder da natureza é esmagador. E muitas vezes esses locais acabam por se associar a lendas, histórias mal contadas, que criam um certo misticismo", nota a autora. Locais como a serra da Arrábida, "onde se acredita existirem grutas sem fim", ou a encruzilhada das Botas de Cubalhão, em Melgaço, "que remete para a existência de uma alcateia de lobos com poderes sobrenaturais".
Por outro lado, avança Vanessa Fidalgo, "há histórias mais reais que também incorporam os nossos receios e estão ligadas aos locais onde ocorreram crimes, que pode ser a porta ao lado, e assustam porque se receia o fantasma do que ali se passou". Ancestrais ou contemporâneas, transmitidas pela via oral, pelos media ou pela imaginação, a verdade é que estas histórias continuam a fascinar.

Seguem-se excertos do livro, que já está nas livrarias, comentados pela autora.

AS RATAZANAS DE MAFRA
"Para que este temor se adensasse muito contribuiu também a trágica morte de um militar do aquartelamento de Mafra, contíguo ao palácio e ao convento, que sofreu uma queda mortal de mais de 30 metros num dos ventiladores dos esgotos. Era conhecido como o Coradinho e o seu corpo demorou dois dias a aparecer. Tal demora foi o bastante para que logo os mais antigos de Mafra tivessem fixado apenas uma versão: ‘por estar muito ferido, foi logo devorado pelas ratazanas!’
O caso causou tais desconfianças que a história passou a ser assim contada entre os militares mais jovens, em jeito de praxe. Diz-se ainda, à boca pequena, que os monges que habitam o Convento têm de alimentar os bichos regularmente, para não correrem o risco de estes emergirem furiosamente à superfície". Este é um dos mais populares mitos urbanos da região Centro.

PALÁCIO VALENÇAS
"O Palácio foi construído a mando de Luís Pereira Jardim, 1º conde de Valenças que, pelos vistos, além de detentor de um apurado bom gosto, era também homem capaz de despertar paixões intensas! Pelo menos, é isso que afirma um vigilante do edifício municipal. Diz ele que, quando o Sol se põe e as sombras tomam conta dos corredores de madeira grossa, das estantes com grossos volumes de livros, dos vitrais e dos lustres, na cave ‘ouve-se a voz do fantasma de Palmira, uma antiga empregada do conde." Esta é a história de um dos mais famosos fantasmas de Sintra. Na serra não faltam razões para ter medo, seja no Chalé Biester ou mesmo no quarto nº 18 do Hotel dos Seteais, onde habita um fantasma.

PONTE DE MIZARELA
"Localizada na aldeia de Sidrós (concelho de Montalegre), mais especificamente no lugar da Mizarela e sobre o caneiro cristalino do rio Rabagão que corre célere e frio no coração do Gerês, a ponte da Mizarela tem uma lenda sobre um malogrado criminoso. Um infeliz que, ao tentar escapar aos longos e implacáveis braços da justiça, acabou por ver-se encurralado, em total desespero e aflição, nos penhascos que ladeiam o rio. (...) O caráter sagrado da construção de pedra ganhou tal fama que, quando uma mulher não conseguia levar uma gravidez até ao fim, dirigia-se à ponte e pernoitava debaixo dela, de modo a ser abençoada com a dádiva de um herdeiro." À ponte da Mizarela ainda vai muita gente à procura de uma bênção.

CASTIGO NOS AÇORES
"O ambiente em seu redor era de cortar à faca, um estertor de nervos. Ninguém se atrevia a verbalizar mas todos acreditavam estar diante da entrada para o Inferno. Quem lá fosse, jamais de lá sairia. Cheio de medo, o noivo lá foi descendo no buraco negro e medonho. Valeu a pena o amor. Lá bem no fundo encontrou a rapariga, a tremer de medo, esquálida e esfomeada. Quase não o reconheceu. (...) Porém, apesar do final feliz, um mistério permanecia no ar. Quando perguntaram à rapariga o que se tinha passado e como tinha ido ali parar, ela sombriamente não sabia explicar! Foi então que a mãe, num semblante arrependido, recordou a blasfémia que tinha proferido ao invocar o diabo. Ele que, acredita o povo dos Açores, anda sempre à espreita, em busca de almas perdidas para levar para o inferno…" Palavras impensadas, numa praga que a mãe rogou à própria filha, quase levavam a um desfecho trágico. À conta de histórias como esta, a população da Graciosa acredita que as caldeiras são passagens para outros mundos.

MONSTRO NA SERRA
"Com uma forma circular quase perfeita, a lagoa Escura da serra da Estrela deve este nome à cor sombria das suas águas, que durante quase todo o inverno se pintam de negro pela escassez do sol, a profundidade do leito e, principalmente, por causa das inóspitas rochas graníticas que a envolvem nas margens e no fundo, constantemente coberto por uma densa manta de limos. Só que a lagoa desperta muitos medos. Alguns são bastante compreensíveis, pois as suas águas podem ser traiçoeiras, sobretudo para quem não as conhece e se afoita a entrar num mergulho que pode ser fatal. Outros medos, porém, criaram-se à conta do rebuliço motivado por uma expedição científica proveniente de Lisboa que, em 1881, foi incumbida de fazer a sondagem da lagoa Escura para lhe determinar a profundidade. Uma expedição que jamais foi esquecida, pois despertou na população o rumor de que as suas profundezas albergariam um monstro!". Por causa do tal monstro, as gentes da serra não se atreviam a pôr o pé na água.

HAVIA CEM HISTÓRIAS E MAIS UMA
Vanessa Fidalgo é jornalista do Correio da Manhã desde 1997 e cedo se interessou por lendas, mitos e fenómenos inexplicáveis. Casada e mãe de uma menina, a autora de ‘Histórias de um Portugal Assombrado’ continua o seu périplo pelos mistérios portugueses no livro ‘101 Locais para Ter Medo em Portugal’. O título, conta, surgiu precisamente da pesquisa realizada para esta nova obra. "Inicialmente pensei relatar cinquenta histórias, mas rapidamente cheguei às oitenta e decidi alargar para um número mais forte, pois existem muitos relatos. Quando terminei pensava ter cem histórias, mas verifiquei que afinal eram cento e uma e assim ficou."

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Marcas sem explicação

As marcas de círculos no relvado da Companhia das Lezírias, em Benavente, registadas no dia 20 de Dezembro do ano passado, continuam por explicar. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Ovnilogia (SPO) este "é o primeiro caso, em cinco anos de actividade, em que são apresentadas fotografias" de um fenómeno semelhante. "Chegámos às 09h00 e vimos os círculos no meio do relvado que estava todo branco devido à geada que caíra durante a noite", contou  Carlos Samora, dono do restaurante A Coudelaria, dando conta que as mesmas "desapareceram ao longo da manhã".

Nuno Montez da Silveira, presidente da SPO, considerou o caso "bastante interessante", lamentando não ter sido possível "ir ao local ainda com as marcas no terreno para as investigar melhor".

O mais intrigante fenómeno OVNI em Portugal ocorreu a 4 de Setembro de 1957 quando quatro jactos F84, da base da OTA, liderados pelo capitão Lemos Ferreira, enfrentaram o ataque de um estranho objecto luminoso.

Foi o ano da fundação da Sociedade Portuguesa de Ovnilogia que aplica o método científico a esta fenomenologia.

Figuras geométricas desenhadas em campos de cultivo. O fenómeno, associado a OVNI, terá surgido em Inglaterra nos anos 70.