
A estação de metro da Alameda, aberta ao público em 1972, tem projecto do arq. Dinis Gomes e intervenção plástica de Maria Keil. Para o revestimento azulejar desta estação a pintora concebeu um padrão base sobre fundo branco, composto por faixas de traços inclinados, coloridos, numa paleta que se estende do amarelo ao azul passando pelo verde. Trata-se de um padrão com bastante ritmo, resultante do jogo entre a espessura dos traços, a sua inclinação e gradação da cor. No âmbito do Plano de Expansão da Rede, a construção da Linha Vermelha vai cruzar com a Linha Verde ao nível da Estação da Alameda, o que originou a remodelação da estação existente e a construção de uma segunda estação, na nova linha. Alameda passou a ser uma estação dupla, de correspondência entre as linhas Verde e Vermelha. A estação da Alameda I, (Linha Verde), reabre totalmente remodelada, em Março de 1998, segundo projecto do arq. Manuel Taínha. Em termos de intervenções plásticas, conservou-se o revestimento azulejar inicial criado por Maria Keil para o átrio e escadas originais, sendo acrescentado o contributo de Noronha da Costa através de um conjunto de pinturas sobre placas de mármore, sem qualquer recurso ao azulejo como suporte artístico. Por sua vez, a estação da Alameda II, (Linha Vermelha), foi inaugurada, em 19 de Maio de 1998, segundo projecto dos arquitectos Manuel Taínha e Alberto Barradas, ficando a animação plástica a cargo de três artistas plásticos, Alberto Carneiro, Juahana Bloomstedt e Costa Pinheiro. Somente este último utilizou o azulejo como suporte artístico para decorar a estação, contribuindo com um conjunto azulejar intitulado "Os Navegadores". Sob a forma de galeria de retratos, aplicados em nichos, evidenciam-se grandes nomes dos Descobrimentos Portugueses, nomeadamente D. João II, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães, entre outros. Propriedade do Metropolitano de Lisboa. Fotografias de Arnaldo Sousa e José Carlos Nascimento, datadas de 1998 e 2000.

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