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sábado, 5 de abril de 2025

Antiga Estação Elevatória do Chafariz de Dentro ou de Águas de Alfama (Museu do Fado)

Com o objetivo de solucionar o problema da falta de água em Lisboa em 1868-1869, edificou-se este reservatório com sistema elevatório que captava as águas de Alfama.

Em 1880, o edifício converte-se num simples ponto de apoio da estação principal dos Barbadinhos. Foi alvo de uma profunda reabilitação através de um projeto do arq. Santa-Rita, de acordo com o Projeto Integrado do Chafariz de Dentro, lançado pelo município, para aí instalar o Museu do Fado e da Guitarra Portuguesa, inaugurado em setembro de 1998, e, atualmente designado apenas por Museu do Fado.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Antiga Casa da Sorte, incluindo o património artístico integrado

A Casa da Sorte, localizada ao nível do piso térreo de um edifício pombalino, na esquina da Rua Ivens com a Rua Garrett, é um estabelecimento comercial cujo projecto de reconversão, datado de 1962, deve-se ao arq. Conceição Silva, tendo esta nova dependência sido inaugurada em 3 de Dezembro de 1963, por António Augusto Nogueira da Silva. Composta por duas frentes, com duas entradas, distingue-se do resto do edifício pelo revestimento cerâmico dos seus vãos exteriores, assinado pelo Mestre Querubim Lapa, assim como pelo revestimento que existe no seu interior, da mesma autoria. Traduzindo uma composição abstracta de vaga sugestão vegetalista e à base de algarismos soltos, elementos alusivos ao tema da lotaria, o revestimento cerâmico evidencia uma paleta cromática discreta e harmoniosa em tons azuis, verdes e brancos no exterior, bem integrada na arquitectura pombalina, e uma paleta cromática mais alargada no interior.



terça-feira, 1 de abril de 2025

Antiga Cadeia do Limoeiro (Antigo Paço a par de São Martinho)

Paço a par de São Martinho, Palácio mandado construir por D. Fernando I, em 1367, numa posição fronteira à Igreja de São Martinho (demolida em 1838), daí a designação de Paço a-par-de-São Martinho. Neste local ocorreu a morte do conde Andeiro às mãos do futuro D. João I, em 1383, mantendo-se o edifício como residência régia com este úlitimo. Entre 1495 e 1521 foi residência das comendadeiras de Santos e sede do Desembargo do Paço, para além de ter começado a funcionar como prisão e albergado várias repartições de justiça, nomeadamente a Casa da Suplicação e a Casa do Cível. Na 1ª metade do séc. XVIII, como ameaçava ruína, conheceu obras da responsabilidade do arq. Volkmar Machado. O terramoto de 1755 afectou de tal maneira o edifício, que tornou impossível manter os 500 presos, que se encontravam à data no local. Após a reconstrução de parte do imóvel entre 1758 e 1759, que foi adaptado a cadeia principal da corte, assistiu-se à construção do muro que delimitava a propriedade, por parte do arq. Possidónio da Silva, somente em 1834. Já no século XX verficaram-se várias campanhas de obras: reconstrução do bloco central do edifício, na década de 30; demolição parcial e construção da nova ala Este, na década de 40; e continuação das obras, na década de 60. Actualmente, e desde os anos 80 do séc. XX, o edifício está afecto ao Centro de Estudos Judiciários, do Ministério da Justiça.No que diz respeito à morfologia do edifício, trata-se de um volume irregular, associando uma planta rectangular a uma planta em L. O edifício de planta rectangular, localizado a Este, desenvolve-se em dois andares, com um alçado principal organizado em três módulos separados por pilastras lisas e rematados nos extremos por frontões triangulares. O edifício de planta em L, localizado a Oeste, desenvolve-se em quatro andares, separados em três blocos por pilastras lisas e apresentando janelas rectangulares com moldura simples de cantaria, abertas em ritmo regular. A zona superior é rematada por platibanda interrompida por frontão triangular no corpo central.




domingo, 23 de fevereiro de 2025

Antiga Cadeia do Aljube

O edifício atual, onde esteve instalada a cadeia do Aljube, data do séc. XVIII. Após o terramoto de 1755, o plano pombalino de reconstrução da cidade implicou o alargamento para norte da antiga Rua Direita da Porta Travessa da Sé, obrigando à reedificação da Cadeia do Aljube, a qual exibe um escudo, ou seja, o brasão dos Castros, que sobrepuja a porta principal.

Segundo o investigador da História de Lisboa, Gomes de Brito, este brasão marca a reconstrução do edifício, no todo ou em parte, por iniciativa do Bispo do Porto, D. José de Castro, que o mandou ali colocar, à data do plano da nova cidade de Pombal.

No entanto, Luis Pastor de Macedo, no seu livro Lisboa de Lés a Lés, avança a possibilidade de que, durante o domínio árabe, teria existido uma cadeia em Lisboa, denominada "Aljobbe" ou "Alchub", instalada no edifício do Aljube ou em qualquer outro que antes deste tivesse sido edificado naquele local. Para este autor, e com base na investigação do já mencionado Gomes de Brito, parece credível aceitar-se a hipótese de que este cárcere do Aljube possa remontar aos primeiros tempos da Lisboa cristã, como local de punição para crimes do foro eclesiástico.

Por sua vez, em 1526, as Constituições do Arcebispado de Lisboa, publicadas em 1588, permitem verificar a existência do Aljube como tal, ao estabelecerem que as penas de prisão em matéria eclesiástica fossem cumpridas na referida cadeia. Em 1845, o Aljube foi destinado a prisão de mulheres, até à sua transferência para o Convento das Mónicas, tendo funcionado como cárcere de presos políticos, durante grande parte do período do Estado Novo. Em 1930, procurando modificar o aspeto das prisões, foram executadas obras de beneficiação no Aljube. Por fim, na década de 80, o Aljube foi reconvertido para a instalação do Instituto de Reinserção Social.




Animatógrafo do Rossio

Inserido no piso térreo de um austero edifício do final de Setecentos, abriu ao público em 8 de Dezembro de 1907.O Animatógrafo possui uma das raríssimas fachadas de cinema concebidas em Arte Nova, riscada por autor anónimo. Apresenta três vãos destinados à bilheteira (ao centro) e duas entradas (portas laterais),todos com bandeira em vidro, onde na central, da bilheteira, pode ler-se a designação do estabelecimento, Animatógrafo do Rossio. Emoldurando os três vãos existe uma rica decoração vegetalista em talha pintada de cor verde, bastante volumosa e sinuosa, à semelhança de caules de plantas. Dois painéis de azulejos polícromos de Q. Queriol, subordinados ao tema da luz elétrica, representando duas figuras femininas que seguram candeeiros, simbolizando a iluminação do mundo, com formas ondulantes, tons suaves e esbatidos, também eles com molduras entalhadas, separam os vãos, enquanto que dois espaços destinados aos cartazes cinematográficos surgem a ladear as portas. Começou por ser o salão de cinema mais luxuoso da capital, apresentou, também, espetáculos de variedades e peças de teatro infantil, até que, a partir de 1994,passou a exibir espetáculos eróticos (peep show).O edifício onde o Animatógrafo está instalado surge inserido na Lisboa Pombalina, que está classificada como Conjunto de Interesse Público.