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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Azulejos na Estação de Metro da Baixa/Chiado

A estação de metro da Baixa/Chiado é uma estação dupla, que faz a correspondência entre a Linha Verde, secção aberta ao público em Abril de 1998, e a Linha Azul, secção aberta ao público em Agosto do mesmo ano. Localizada a cerca de 45m abaixo da superfície, esta estação tem projecto do arq. Álvaro Siza Vieira e intervenção plástica de Ângelo de Sousa. Respeitando a intenção do arquitecto de deixar livres as zonas de embarque, este pintor abstracto de feição geométrica resumiu a sua intervenção apenas aos dois acessos para a rua. Numa base de azulejos brancos e, em algumas zonas das paredes e tecto, inscrições a dourado, o artista representou com grande simplicidade signos soltos, numa linguagem afim à arte islâmica. Propriedade do Metropolitano de Lisboa. Fotografia de Arnaldo Sousa, datada de 2000.

sábado, 27 de setembro de 2025

Azulejos na Estação de Metro da Avenida

A estação de metro da Avenida, (Linha Azul), aberta ao público em 1959, tem projecto do arq. Falcão e Cunha e intervenção plástica de Rogério Ribeiro, por sugestão da pintora Maria Keil. Seguindo a linha característica de Maria Keil, em relação à forma de trabalhar o azulejo, o pintor desenvolveu um módulo que, repetido, cria formas circulares ligadas por um elemento recto, ligeiramente oblíquo, originando superfícies ritmadas, predominantemente amarelas, pontualmente cortadas por secções de fundo verde-claro e onde os mesmos motivos são pintados de verde-escuro. Em referência à Casa dos Bicos, o tema ponta de diamante foi também utilizado pelo artista. No entanto, as pirâmides resultantes da associação dinâmica das pontas de diamante, em contrastes de dimensão e posição, não respeitam a configuração tradicional. Propriedade do Metropolitano de Lisboa. Fotografias de Paulo Cintra/Laura Caldas e Raúl Abreu, datadas de 1988 e 01-02-2006.



quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Azulejos na Estação de Metro da Ameixoeira


A estação de metro da Ameixoeira, (Linha Amarela), inaugurada em 27 de Maio de 2004, tem projecto do arq. Robert Mac Fadden e intervenção plástica da escultora Irene Buarque. Num íntimo diálogo com o espaço cilíndrico que caracteriza a arquitectura desta estação, a intervenção plástica da escultora, traduzida em dois grandes painéis de azulejos pintados à mão e com transparências, recorre a formas geométricas como as esferas e os cubos, formando planos tridimensionais em cores vibrantes e proporcionando dinâmicas visuais sempre diferentes consoante a direcção em que os utentes se desloquem. Propriedade do Metropolitano de Lisboa. Fotografias de Arnaldo Sousa, datadas de 07-04-2007.



terça-feira, 23 de setembro de 2025

Azulejos na Estação de Metro da Alameda


A estação de metro da Alameda, aberta ao público em 1972, tem projecto do arq. Dinis Gomes e intervenção plástica de Maria Keil. Para o revestimento azulejar desta estação a pintora concebeu um padrão base sobre fundo branco, composto por faixas de traços inclinados, coloridos, numa paleta que se estende do amarelo ao azul passando pelo verde. Trata-se de um padrão com bastante ritmo, resultante do jogo entre a espessura dos traços, a sua inclinação e gradação da cor. No âmbito do Plano de Expansão da Rede, a construção da Linha Vermelha vai cruzar com a Linha Verde ao nível da Estação da Alameda, o que originou a remodelação da estação existente e a construção de uma segunda estação, na nova linha. Alameda passou a ser uma estação dupla, de correspondência entre as linhas Verde e Vermelha. A estação da Alameda I, (Linha Verde), reabre totalmente remodelada, em Março de 1998, segundo projecto do arq. Manuel Taínha. Em termos de intervenções plásticas, conservou-se o revestimento azulejar inicial criado por Maria Keil para o átrio e escadas originais, sendo acrescentado o contributo de Noronha da Costa através de um conjunto de pinturas sobre placas de mármore, sem qualquer recurso ao azulejo como suporte artístico. Por sua vez, a estação da Alameda II, (Linha Vermelha), foi inaugurada, em 19 de Maio de 1998, segundo projecto dos arquitectos Manuel Taínha e Alberto Barradas, ficando a animação plástica a cargo de três artistas plásticos, Alberto Carneiro, Juahana Bloomstedt e Costa Pinheiro. Somente este último utilizou o azulejo como suporte artístico para decorar a estação, contribuindo com um conjunto azulejar intitulado "Os Navegadores". Sob a forma de galeria de retratos, aplicados em nichos, evidenciam-se grandes nomes dos Descobrimentos Portugueses, nomeadamente D. João II, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães, entre outros. Propriedade do Metropolitano de Lisboa. Fotografias de Arnaldo Sousa e José Carlos Nascimento, datadas de 1998 e 2000.




domingo, 21 de setembro de 2025

Azulejaria "Sabonete Santa Iria" no Edifício dos Antigos Armazéns Grandela


Registo publicitário ao "Sabonete Santa Iria", em azulejo, pontua a fachada voltada para a Rua da Assunção do edifício dos antigos Armazéns Grandela, reconstruído em 1996, cuja composição representa a figura de uma santa a anunciar os sabonetes, com identificação do local de venda "Armazens Grand" (o registo está cortado lateralmente pelo que o nome dos armazéns aparece incompleto).

Trata-se de um registo de perímetro retilíneo, com uma dimensão de 8x5 azulejos, assinado, datado e com fábrica identificada. Foi pintado em azul e branco, na Fábrica Roseira, por A. J. Gameiro, com recurso à técnica da faiança, estando datado de "91", como pode ler-se no registo, junto à assinatura.



sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Avenida da Liberdade

 


No contexto de uma nova burguesia citadina em ascensão, de um país em fase de industrialização e no próprio crescimento exponencial da população lisboeta,a necessidade de uma artéria que ligasse a cidade para Norte era inadiável, assim como a demolição do Passeio Público, espaço murado criado em meados do séc. XVIII, muito ao gosto de uma Europa romântica, o qual já não ía de encontro com as necessidades da população.

As origens da abertura de uma nova avenida que ligasse o início do Passeio Público ao Campo Grande remontam a 1870, data em que é conhecido o 1º projecto. Outras propostas surgiram, até que em 1879 foi aprovada a do então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Rosa Araújo, propondo a abertura de uma artéria de menor extensão,que ligasse o início do Passeio Público a uma Rotunda a construir, da qual partiriam quatro ruas, uma delas com destino ao Campo Grande.

Em 28 de Abril de 1886 seria inaugurada uma avenida do tipo "Boulevard", artéria de grande circulação, que se estendia da Praça dos Restauradores, a Sul,até à Rotunda da Praça do Marquês de Pombal, a Norte, construída já no 1º quartel do séc. XX. Lateralmente, esta artéria encontrava-se delimitada por uma sucessão de edifícios correspondente a múltiplas etapas e estilos arquitectónicos, alguns classificados ou em vias de classificação.

Estruturada em três ruas paralelas, com domínio para a central em dimensão e número de faixas de tráfego, estas encontram-se separadas por largas placas pedonais arborizadas, divididas em troços de diferentes extensões, em função das artérias que as cruzam transversalmente. Sendo delimitada pelos monumentos aos Restauradores e ao Marquês de Pombal, o percurso da Avenida da Liberdade é pontuado por elementos de água e estatuária variada. Para além de estar Em Vias de Classificação como conjunto, a Avenida da Liberdade encontra-se abrangida pela ZEP dos imóveis classificados da referida avenida e área envolvente.


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Ateliês Municipais dos Coruchéus

O edifício dos Ateliês Municipais dos Coruchéus abriu as portas em 1970. O presidente da CML França Borges foi o principal promotor do Centro de Artes Plásticas dos Coruchéus, projeto cultural e artístico da cidade de Lisboa, da autoria do Arquiteto Fernando Peres Guimarães. O projeto foi ao encontro das necessidades dos artistas de artes plásticas.

Em 2021 é reconhecida publicamente a atividade dos Ateliês dos Coruchéus com a classificação de Monumento de Interesse Municipal do Centro Municipal de Artes Plásticas dos Coruchéus, através de uma proposta aprovada por unanimidade em Reunião de Câmara de 26 de novembro. 

O edifício feito de raíz, é uma construção em de dois blocos interligados que contempla um conjunto de cinquenta ateliês, desenhada em L, com dois e três pisos em cada um dos lados. Este património que ainda hoje representa uma realidade ímpar no país.

Os Ateliês são espaços próprios destinados à criação artística e nasceram para contemplar, inicialmente, as áreas da pintura e cerâmica. Atualmente, num âmbito mais alargado, integram também artistas das artes visuais e do cinema.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Associação Comercial de Lisboa

Edifício construído em 1916, supondo-se ser o projecto de Álvaro Machado. Em 1917 albergou o 'Palace Clube', primeiro verdadeiro clube nocturno a surgir em Lisboa. Como memória desse tempo perduram no átrio os baixos-relevos alusivos à dança, da autoria de Simões de Almeida Sobrinho. Em 1922 passa a ser sede da Associação Comercial de Lisboa .