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sábado, 11 de abril de 2015

Russo quer transplantar cabeça para outro corpo


Segundo a comunicação social russa, o paciente, um programador identificado como Valeri Spiridonov, terá entrado em contacto com o controverso médico italiano Sergio Canavero, que acredita que será tecnicamente possível realizar esta intervenção cirúrgica em 2016.

"Esta é a minha decisão final e não penso mudar. Medo? Claro que tenho, mas se não tentar, o meu futuro pode ser ainda pior", afirmou o doente, de 30 anos.

O programador russo comparou este procedimento cirúrgico com a conquista do espaço: "Esta experiência é um grande avanço científico que está ao mesmo nível do voo de [Yuri] Gagarin [o cosmonauta russo que foi o primeiro homem a ir ao espaço]", disse Valeri Spiridonov, em declarações à televisão russa Zvezda.

O tempo joga contra Spiridonov, que piora a cada dia que passa e que já superou a esperança de vida normalmente atribuída às pessoas que sofrem desta doença, marcada pela degeneração do neurónio motor medular e pela perda gradual de massa muscular.

Em declarações à agência russa Interfax, Valeri Spiridonov afirmou que recebeu um convite para participar numa conferência internacional de neurocirurgiões em Illinois, nos Estados Unidos, este verão. "Recebi o convite do doutor Canavero, que concorda em realizar a operação. Agora o importante é encontrar os meios necessários", referiu.

Spiridonov disse ainda que está preparado psicologicamente para fazer a intervenção, uma vez que tem recebido o acompanhamento necessário, incluindo da mãe que é psicóloga.

O italiano Sergio Canavero pretende reunir uma equipa de 150 médicos e enfermeiras para realizar a operação cirúrgica, que deverá custar mais de 10,3 milhões de euros.

A única referência que existe sobre uma operação com contornos idênticos remonta à década de 1970, quando o médico Robert White, da Universidade de Medicina Case Western Reserve (Estados Unidos), transplantou a cabeça de um macaco para o corpo de um outro macaco. O animal acabou por morrer oito dias depois da intervenção cirúrgica.

Notícia retirada daqui

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Crateras misteriosas continuam a surgir na Sibéria


Os cientistas localizaram dezenas de novas crateras na Sibéria, na Rússia, que se pensa estarem ligadas a emissões de gás metano. A descoberta já levou a um apelo por parte de cientistas russos para que o fenómeno seja investigado. 
  
Os primeiros daqueles buracos gigantes foram descobertos em 2014, na península de Yamal. 
  
As primeiras investigações indicaram que as crateras se terão formado após uma acumulação de gás no subsolo, mas, agora, imagens de satélite revelaram dezenas de novas crateras em torno das maiores. Só à volta de uma delas foram identificados 20 buracos mais pequenos. 

«Sabemos de sete crateras existentes na área. Cinco estão na península de Yamal, uma no distrito autónomo de Yamal e outra está no norte de Krasnoyarsk – perto da península de Taimyr. Sabemos a localização exata de quatro delas, as outras três foram vistas por pastores. Mas tenho a certeza que há mais crateras em Yamal, só precisamos procurá-las», afirma Vasily Bogoyavlenskym, da Academia Científica Russa, ao jornal local «Siberian Times».

«Gostaria de comparar este fenómeno com cogumelos: quando encontrar um cogumelo verifique se há mais ao redor. Acho que pode haver mais 20 ou 30 crateras», acrescenta o cientista.

O grande problema envolvido no mistério é que a pesquisa e a exploração podem ser perigosos para os cientistas, uma vez que as crateras libertam gases por longos períodos de tempo. Os buracos chegam a ter 70 metros de profundidade com um diâmetro de 600 metros. 

Vasily Bogoyavlenskym diz que uma das crateras é interessante porque se transformou num lago e possui 20 pequenas crateras à volta.
«Suponho que novas podem aparecer. Vamos contá-las e fazer um catálogo. Algumas são pequenas, não possuem nem dois metros de diâmetro», conta o cientista.

Vasily Bogoyavlenskym refere que nenhum cientista ainda esteve na região e que a descoberta foi feita através de relatos e da monitorização por satélite. O investigador alerta que houve uma série de emissões de gases durante um período prolongado e que não se sabe quando ocorrerão os próximos fenómenos. Os cientistas preveem supervisionar o local para evitar tragédias. Há relatos de moradores que sentiram tremores de terra na região.