Este convento, da invocação de N. S. da Conceição, fundado na 2ª metade do séc. XVII (1660), numa quinta doada pelo Arcediago da Sé de Lisboa, D. Fernando Cabral, destinava-se a acolher freiras brígidas, que aí se mantiveram até 1874, data em que o edifício foi cedido ao Asilo de D. Luís, fundado por Manuel Pinto da Fonseca. Em 1928, funcionou ali o Asilo de Velhos de Campolide, estando actualmente ocupado pela Mansão de Sta. Maria de Marvila, um recolhimento de idosos. De características barrocas, o edifício desenvolve-se num quadrado à volta do claustro, com 2 corpos laterais avançados, que formam um pátio. A igreja, classificada como Imóvel de Interesse Público, situa-se no corpo da direita, e é actualmente sede da paróquia de Sto. Agostinho. No seu interior merecem destaque: as pinturas dos tectos; as capelas, púlpito e altar-mor em talha dourada; os revestimentos de azulejos azuis e brancos historiados; e as pinturas sobre tela de temática mariana e alusiva a Sto. Agostinho. A zona conventual, apesar das alterações, ainda conserva azulejaria nos antigos dormitórios e na escadaria. No exterior, para além do portal lateral seiscentista, encimado por frontão triangular com o emblema da Ordem de Sta. Brígida, a singularidade deste edifício reside na decoração azulejar do séc. XVIII patente no topo dos 2 corpos, que avançam sobre a rua.
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